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    Já passaram vinte e sete anos desde que Bruno Beltrão criou com seu amigo Rodrigo Bernardi, o Grupo de Rua, na cidade de Niterói, vizinha do Rio de Janeiro. Inicialmente dedicada ao hip-hop, a companhia fazia atuações em festivais competitivos e programas de televisão. Nessa época, o GRN fez a sua primeira viagem internacional para Napoles, na Italia, onde participou de um festival competitivo de dança com a coreografia Metropole, trabalho que seria o ultimo antes da radical transformacao no seu trabalho que viria a seguir.

 

Depois dos seus estudos em História da Arte e Filosofia no Centro Universitario da. Cidade do Rio de Janeiro, Beltrão começou a procurar caminhos para levar a dança urbana para além dos seus próprios códigos e limites, introduzindo elementos estruturantes da coreografia pós-moderna no seu trabalho. O que procurava não era uma forma híbrida mas a criação de algo resultante da fusão do diálogo de duas formas diferentes de pensar e fazer dança. 

    Introduzido na Europa pelo  Rencontres Choreographique de Seine-saint-Denis e pelo Alkantara Festival em 2002, Bruno e o Grupo de Rua tornaram-se incontornáveis nos maiores palcos internacionais. Foi eleito coreografo Revelação do Ano 2016 pela revista Tanz e em 2010 e 2018 recebeu um Bessie em Nova Iorque.

O GRN se apresentou em 35 países e mais de 150 cidades ao redor do mundo.

O componente social, que na França está intrinsecamente ligado às danças urbanas da banlieue, também inclui a exportação de conhecimento coreográfico, especialmente no hip-hop e no novo circo. Coreógrafos como Aurélien Bory, Abou Lagraa ou Mourad Merzouki abordam repetidamente artistas ou b-boys que dançam na rua em outros continentes e se desenvolveram tecnicamente, mas não têm experiência em trabalho coletivo e coreográfico.
Sua desconstrução da estética b-boy transformou os corpos dos breakers em esquemas inquietos e, assim, questionou sua razão de ser na vida cotidiana.
sua razão de ser na vida cotidiana.
A missão dos "Merzoukis" na comunidade global de culturas urbanas é elevar o hip-hop nessas periferias a um novo patamar e trazer o talento dos breakers locais para o centro das atenções. Em 2008, ele reuniu dez b-boys das favelas do Rio de Janeiro ao seu redor, que nunca haviam experimentado o processo de ensaiar juntos e trabalhar com propósito. Não foi fácil para eles, mas foi assim que
"Agwa", uma peça de três minutos e meio muito vital, focada e estruturada que justificou todos os seus esforços. Desde então, Merzouki passou duas peças de seu repertório para os breakers do Rio e viajou para a Colômbia em 2017, onde reeditou seu clássico "Récital" para dançarinos de rua locais.
Bruno Beltrão: B-boying em vez de filmes 3D
Merzouki tinha dezesseis anos quando fundou o Accrorap com Attou e amigos. Bruno Beltrão tinha exatamente a mesma idade quando fundou seu Grupo de Rua com seu amigo Rodrigo Bernardi em Niterói, um subúrbio do Rio de Janeiro.
No entanto, sua trupe, cujo nome completo é Grupo de Rua de Niterói, era inicialmente um esquadrão de batalha no mais puro estilo, antes de Beltrão desenvolver ambições coreográficas a partir de 2000. Ele não precisou de nenhum incentivo de colaborações com coreógrafos europeus. A cultura da dança já havia se disseminado há muito tempo pela Internet. E, é claro, Beltrão descobriu a cena do hip-hop por meio de vídeos em uma época em que o hip-hop estava se estabelecendo como uma dança de aluguel automático. O fato de Beltrão originalmente querer se dedicar à criação de filmes de animação em 3D o tornou ainda mais receptivo à nova mídia e também o ajudou a reinterpretar e reimaginar os padrões de movimento dos B-boys - de forma semelhante à maneira como Merce Cunningham estava desenvolvendo novas relações entre corpo, equilíbrio e gravidade ao mesmo tempo com o programa de animação "Life Forms".
E enquanto os coreógrafos de hip-hop na França realizavam conceitos de palco cada vez mais abstratos e artisticamente abertos, Beltrão continuou a ancorar sua pesquisa na realidade social das favelas, apesar de toda a evolução estilística. Com "H2" e "H3", ele se estabeleceu como um dos principais inovadores do gênero. Sua desconstrução da estética b-boy transformou o corpo

Helena Katz

O teatro inglês Sadlers Well’s apresentou o Grupo de

Rua de Niterói como autor de um trabalho que está “distendendo os

limites da dança contemporânea em um território inteiramente novo,

misturando influências diversas, incluindo o hip-hop, para criar uma

linguagem coreográfica totalmente renovada". E esta é mesmo uma boa síntese para o que ele, de fato, está realizando.

O teatro inglês Sadlers Well’s apresentou o Grupo de

Rua de Niterói como autor de um trabalho que está “distendendo os

limites da dança contemporânea em um território inteiramente novo,

misturando influências diversas, incluindo o hip-hop, para criar uma

linguagem coreográfica totalmente renovada". E esta é mesmo uma boa síntese para o que ele, de fato, está realizando.

HISTÓRIA

    Há vinte e sete anos, na cidade de Niterói, Bruno Beltrão, juntamente com seu amigo Rodrigo Bernardi fundou o Grupo de Rua, marcando o início de uma jornada no mundo da dança. Originalmente focados no hip-hop, eles se apresentavam em eventos  e festivais competitivos, chegando a participar de um em Nápoles, com a coreografia "Metropole". Este trabalho representou um momento decisivo antes de uma transformação significativa na direção artística do grupo.

    Após ingressar na faculdade de dança do Centro Universitario da Cidade, no Rio de Janeiro, estudar História da Arte e Filosofia, Beltrão começou a explorar junto com o Grupo como poderia expandir os horizontes da dança urbana, integrando elementos da coreografia pós-moderna. Não buscava simplesmente uma forma híbrida de dança, mas sim uma fusão que fosse resultado de um diálogo entre duas perspectivas distintas sobre arte e movimento.

      O reconhecimento internacional não tardou, Bruno e o Grupo de Rua se destacaram em importantes festivais europeus, como o Rencontres Choreographiques de Seine-Saint-Denis e o Alkantara Festival em 2002, e marca o inicio como figuras proeminentes nos palcos mundiais. O grupo já se apresentou em mais de 35 países e 150 cidades ao redor do globo, recebendo diversos prêmios, incluindo dois Bessie Awards em Nova Iorque.

O impacto de Beltrão e o Grupo de Rua também se estende à dimensão social da dança. Também no Brasil como no mundo, onde as danças urbanas estão fortemente conectadas com as comunidades historicamente mal servidas pelo Estado, ele e seu grupo tem trabalhado para elevar o hip-hop a um novo patamar artístico. Frequentemente recruta dançarinos de rua, trabalhando suas habilidades técnicas e experiências em um trabalho coletivo e coreográfico.

Essa jornada de Beltrão e todo o Grupo de Rua, desde suas origens em Niterói até se tornar um artista respeitado internacionalmente, reflete sua capacidade única de re-imaginar e reinventar a dança hip-hop com o Grupo de Rua tornando-a uma poderosa forma de expressão artística e social.

 Acesse aqui a história completa do GRN

O teatro inglês Sadlers Well’s apresentou o Grupo de

Rua de Niterói como autor de um trabalho que está “distendendo os

limites da dança contemporânea em um território inteiramente novo,

misturando influências diversas, incluindo o hip-hop, para criar uma

linguagem coreográfica totalmente renovada". E esta é mesmo uma boa síntese para o que ele, de fato, está realizando.

Helena Katz

O GRUPO

Do popping ao pop

Direção artística 

Assistente de direção

Dançarinos

BRUNO BELTRÃO​

GILSON NASCIMENTO

ALCI JUNIOR KPUE

ANTONIO KINHO

CAMILA DIAS

LEONARDO LAUREANO

RENANN FONTOURA

SAMUEL DCRISTO

SILVIA KAMYLA

WALLYSON AMORIM

(2022)

(2017)

(2013)

(2008)

(2005)

(2003)

(2002)

 (2001)

(2001)

TRABALHOS

Turvo

Crackz

H2

Too legit to quit

Eu e meu coreógrafo

Do popping ao pop

Metrópole

A última profecia

OBRAS

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