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Encorajados por suas amigas de adolescência, Vanessa Motta e Tania Mara, que frequentavam assiduamente uma das academias mais antigas e renomadas de Niterói, foram apresentados à professora Helfany Peçanha que permitiu que Bruno e Rodrigo começassem a dar aulas na academia, aos 15 anos, em 1995.

Dois anos após o início das aulas com Yoram, que não retornou ao Brasil para continuar seus workshops, Bruno e Rodrigo se viram em frente do desafio de manter sua prática de dança. Diante da ausência de um mentor, eles tomaram uma decisão inusitada: começar a ensinar dança.

Yoram Szabo,foi um professor de Jazz e Hip Hop que trabalhou entre Nova York e o Brasil nos anos 90. Originário de Israel, Yoram aprimorou suas habilidades em dança, canto e teatro em Nova York e Filadélfia, trazendo suas aulas para academias renomadas no Rio de Janeiro, como Carlota Portela e Enid Sauer. Seu estilo de dança, desenvolvido nas academias é uma mistura de New Jack Swing, Jazz. nas ruas de Nova York, era conhecido por seus movimentos leves e soltos que enfatizavam a diversão e o exercício físico, acessíveis a alunos de todos os níveis técnicos. Yoram Szabo deixou uma impressão duradoura antes de encerrar sua carreira docente, planejando cursos em cidades como Salvador e Aracaju, e solidificando seu papel como um influenciador na disseminação do Hip Hop no Brasil.

1993

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As Trevas

 GRN/DOC 

Das matinês em Niterói até aos palcos internacionais, o percurso do Grupo de Rua é indissociável das suas raízes. Neste microsite, regressamos ao passado para descobrir toda a viagem até aos dias de hoje.
 

Das matinês em Niterói até aos palcos internacionais, o percurso do Grupo de Rua é indissociável das suas raízes. Neste microsite, regressamos ao passado para descobrir toda a viagem até aos dias de hoje.
 

As Trevas

1997

1997

Dançando no asfalto

Lidia e Julia Vanini

Em 1994, Bruno e Rodrigo começaram a lecionar para crianças, na Academia Helfany. Logo notaram o contraste gritante entre ensinar crianças e adultos. Preocupados com a segurança dos pequenos, tomaram cuidado para adaptar cada movimento.

Do outro lado do mundo, na China, a história era outra. Os treinos de dança por lá são conhecidos por sua rigorosidade desde a infância. Os jovens dançarinos são moldados num regime de disciplina severa, onde habilidades são esculpidas sob o peso de expectativas altíssimas. Lesões e o desgaste emocional são, muitas vezes, vistos como sacrifícios necessários na busca pela perfeição artística.

Ensinar para aprender

Ensinar para aprender

Encorajados por suas amigas de adolescência, Vanessa Motta e Tania Mara, que frequentavam assiduamente uma das academias mais antigas e renomadas de Niterói, foram apresentados à professora Helfany Peçanha que permitiu que Bruno e Rodrigo começassem a dar aulas na academia, aos 15 anos, em 1995.

Encorajados por suas amigas de adolescência, Vanessa Motta e Tania Mara, que frequentavam assiduamente uma das academias mais antigas e renomadas de Niterói, foram apresentados à professora Helfany Peçanha que permitiu que Bruno e Rodrigo começassem a dar aulas na academia, aos 15 anos, em 1995.

Dois anos após o início das aulas com Yoram, que não retornou ao Brasil para continuar seus workshops, Bruno e Rodrigo se viram em frente do desafio de manter sua prática de dança. Diante da ausência de um mentor, eles tomaram uma decisão inusitada: começar a ensinar dança.

Dois anos após o início das aulas com Yoram, que não retornou ao Brasil para continuar seus workshops, Bruno e Rodrigo se viram em frente do desafio de manter sua prática de dança. Diante da ausência de um mentor, eles tomaram uma decisão inusitada: começar a ensinar dança.

Rodrigo Bernardi, Ugo Alexandre, Paulo Azevedo, Bruno Beltrão e Guto Vieira, na Faculdade da Cidade, fevereiro 2000. 

Rodrigo Bernardi, Ugo Alexandre, Paulo Azevedo, Bruno Beltrão e Guto Vieira, na Faculdade da Cidade, fevereiro 2000. 

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Um chão para o paraquedas aberto

Em 2000, Bruno e seus amigos Rodrigo Bernardi, Ugo Alexandre, Paulo Azevedo e Guto Vieira receberam um empurrão de Tania e Vanessa para mostrar suas pesquisas em hip hop no curso de dança da Faculdade da Cidade. Nesse evento, Bruno teve um encontro com o professor Roberto Pereira, que não apenas o incentivou a se matricular na faculdade, mas também se tornou um mentor e amigo. Entrar no Centro Universitário da Cidade abriu um novo capítulo na vida de Bruno dando início a uma transformação significativa na sua carreira artística. Com a orientação de Pereira e da professora Silvia Soter, Bruno se aprofundou no cenário da dança contemporânea do Rio. Ele foi influenciado por nomes importantes como Paulo Caldas e Maria Alice Pope da Stacatto Cia de Dança, Esther Weitzman e Lia Rodrigues. Além disso, ele começou a explorar o trabalho de ícones internacionais como Jerome Bel, William Forsythe e Anne Teresa de Keersmaeker, todos conhecidos por suas abordagens inovadoras e desafiadoras às formas tradicionais de dança. Esse período de intensa aprendizagem e intercâmbio foi crucial para Bruno desenvolver junto ao Grupo de Rua uma linguagem coreográfica única, que eles explorariam em seus projetos futuros.

Das matinês em Niterói até aos palcos internacionais, o percurso do Grupo de Rua é indissociável das suas raízes. Neste microsite, regressamos ao passado para descobrir toda a viagem até aos dias de hoje.
 

2000

Chão para o paraquedas aberto

Em 2000, Bruno e seus amigos Rodrigo Bernardi, Ugo Alexandre, Paulo Azevedo e Guto Vieira receberam um empurrão de sua amigas Tania e Vanessa para mostrar suas pesquisas em hip hop na Mostra de Artes do curso de dança da Faculdade da Cidade. Nesse evento, Bruno teve um encontro com o professor Roberto Pereira, que não apenas o incentivou a se matricular na faculdade, mas também se tornou um mentor e amigo. Entrar no Centro Universitário da Cidade abriu um novo capítulo na vida de Bruno dando início a uma transformação significativa na sua carreira artística. Com a orientação de Pereira e da professora Silvia Soter, Bruno se aprofundou no cenário da dança contemporânea do Rio. Ele foi influenciado por nomes importantes como Paulo Caldas e Maria Alice Pope da Stacatto Cia de Dança, Esther Weitzman e Lia Rodrigues. Além disso, ele começou a explorar o trabalho de ícones internacionais como Jerome Bel, William Forsythe e Anne Teresa de Keersmaeker, todos conhecidos por suas abordagens inovadoras e desafiadoras às formas tradicionais de dança. Esse período de intensa aprendizagem e intercâmbio foi crucial para Bruno desenvolver junto ao Grupo de Rua uma linguagem coreográfica única, que eles explorariam em seus projetos futuros.

Professor Roberto Pereira com sua turma da faculdade de dança (2000)

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2001

Guinada a esquerda

Foi então que o grupo recebe um convite de Beatriz Radunzsky, do Sesc Copacabana, para a Mostra Duos de Dança. A peça refletia as influências acadêmicas de Beltrão e seu desejo de experimentar algo diferente do que faziam antes.  'Do Popping ao Pop' não só transformou a direção artística do grupo mas também estabeleceu a fundação para futuras produções que continuariam a explorar e expandir os horizontes de um novo campo, sugerido mais tarde pelo critico Roberto Pereira como uma 'dança de rua contemporânea'.

A peça Do Popping ao Pop marcou um ponto de virada crucial na trajetória do Grupo de Rua. Criada em 2001, a obra representou uma evidente e significativa ruptura com a dança de rua mais convencional que o Grupo praticava, introduzindo uma abordagem que mesclava a linguagem base do hip hop com recursos há muito recorrentes na dança contemporânea.

Left turn

2001

Dança encarnada

amizade, filosofia e chá de cogumelo

     Horas antes de subirem ao palco para uma apresentação comercial de uma marca de iogurte em um centro de convenções em São Paulo, Bruno e Eduardo estavam envolvidos numa conversa casual no quarto. Sem que Eduardo soubesse, Bruno decidiu gravar esse diálogo usando-o como ponto de partida para uma profunda reflexão sobre a relação entre personalidade e gesto. A pergunta que movia Beltrão era intrigante: é possível conhecer alguém através de sua maneira de dançar?
     Em 2002, essa questão ganhou vida no palco do Teatro Sergio Porto, durante o Festival Panorama da Dança, onde a peça foi apresentada pela primeira vez.

Eduardo Hermanson e Rodrigo Bernardi em 'Do popping ao pop'. Teatro Sesc Niteroi.

Priemeira viagem internacional, de novo

2002

Primeira viagem internacional,
de novo

Após o Sesc, apesar de terem participado de apenas alguns eventos naquele ano, como a Gala de Dança na UERJ, a Mostra Migrações e o Café com Dança, o grupo viu sua trajetória ganhar um novo rumo. Gisele Tápias, diretora do Festival que levava seu nome, convida-os para uma seleção especial chamada Plataforma para os Rencontres Choreographiques de Seine-Saint-Denis. Nessa seleção, a diretora Anita Mathieu escolheria duas obras para serem apresentadas em Paris, em 2002.

 

Contra todas as expectativas, 'Do Popping ao Pop' foi uma das escolhidas, se destacando entre várias companhias renomadas do Rio. Esse reconhecimento foi uma especie de 'estreia pela segunda vez', sua segunda viagem internacional – a primeira focada unicamente em sua produção artística, diferentemente da participação anterior com o Circo da Madrugada, em 1999.

Curiosamente, apesar de "Do Popping ao Pop" ser o primeiro experimento do grupo nesse campo, a peça, incluída em um programa maior que continha outros dois trabalhos (Eu e meu coreografo e Too Legit to quit), viajou para 16 países até 2007, confirmando a relevância deste primeiro experimento da companhia.

Programa do Reencontres Choreographiques, Paris 2002

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Bruno  teve uma notável relação de colaboração com o dançarino Eduardo Hermanson desde 1999. Ela é marcada pela busca constante de novas linguagens corporais e experimentações no campo da dança, o que tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de ambos os artistas e para a evolução estética do grupo. Este diálogo permitiu que ambos explorem limites e possibilidades da dança urbana de maneiras inovadoras. 

A mais longa e duradoura parceria

Bruno  tem uma notável relação de colaboração com o dançarino Eduardo Hermanson desde 1999. Ela é marcada pela busca constante de novas linguagens corporais e experimentações no campo da dança, o que tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de ambos os artistas e para a evolução estética do grupo. Este diálogo permitiu que ambos explorem limites e possibilidades da dança urbana de maneiras inovadoras. Hermanson também contribuiu ativamente com outros coreógrafos como Kafig e Laura Samy. 

A mais longa e duradoura parceria

2003

Astronautas e penguins em guerra

Em 2003, a convite de Leonel Brum, diretor do Festival Dança Brasil no Centro Cultural Banco do Brasil, o Grupo de Rua de Niterói (GRN) estreou a peça Telesquat.
 
Telesquat mergulha no domínio da dança conceitual, examinando a relação entre linguagem, ação e palco. A peça, cujo nome deriva de um termo dos anos 50 que descreve os efeitos de ver televisão em excesso, incorpora texto e vídeo para desafiar as narrativas convencionais da dança.

Combinando hip-hop, projeções de vídeo e uma dose de caos controlado, a performance desafia os presentes a questionar tudo que era visto, ouvido e dançado.


Telesquat  navega entre significados esperados e inesperados, e reflete sobre a possibilidade de encontrar sentido onde menos se espera, ou mesmo de não encontrar sentido algum e aceitar isso tranquilamente.

A exploração teatral em "Telesquat" emprega uma abordagem mais experimental influenciada por artistas como o francês Jerome Bel.
 

2003

Astronautas e penguins em guerra

Em 2003, a convite de Leonel Brum, diretor do Festival Dança Brasil no Centro Cultural Banco do Brasil, o Grupo de Rua de Niterói (GRN) estreou a peça Telesquat. A peça mergulha no domínio da dança conceitual, examinando a relação entre linguagem, ação e palco. A peça, cujo nome deriva de um termo dos anos 50 que descreve os efeitos de ver televisão em excesso, incorpora texto e vídeo para desafiar as narrativas convencionais da dança. Combinando hip-hop, projeções de vídeo e uma dose de caos controlado, a performance desafia os presentes a questionar tudo que era visto, ouvido e dançado. Telesquat  navega entre significados esperados e inesperados, e reflete sobre a possibilidade de encontrar sentido onde menos se espera, ou mesmo de não encontrar sentido algum e aceitar isso tranquilamente.

A exploração teatral em "Telesquat" emprega uma abordagem mais experimental influenciada por artistas como o francês Jerome Bel.
 

'Espetáculo de popularidade'

- O sucesso das companhias de dança da cidade aumentou muito o movimento de novos alunos. A bela trajetória do Grupo de Rua de Niterói, por exemplo, vem fazendo com que muitos meninos procurem as aulas. Aqui dentro, eles se apaixonam pela dança e alguns passam a se dedicar inclusive ao balé clássico, o que é maravilhoso. Isso, certamente, vai render ótimos frutos para a cidade no futuro, com mais bailarínos e até a formação de novas companhias - conta Eloiza Torres, da Camarim Escola de Dança, em Icaraí, uma das matores academias da cidade.

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